quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Acrescido Risco de Sismo na Central Nuclear de Fukushima

O risco sísmico na central nuclear de Fukushima 1, no Japão, aumentou depois do terramoto de 11 de Março de 2011, de magnitude 9.0. Um estudo da União Europeia de Geociências que utilizou dados de mais de seis mil terramotos demonstra que o sismo reativou uma falha sísmica que se encontra perto da central nuclear. A investigação sugere que as autoridades japonesas devem reforçar a segurança da central para que esta possa suportar terramotos de grande intensidade. O epicentro do sismo que afetou o Japão situou-se no fundo do mar, a 160 quilómetros da costa de Fukushima, tendo provocado um tsunami que afetou a central. Um mês depois do terramoto, outro de magnitude 7.0 aconteceu em Iwaki, tornando-se na réplica mais potente do sismo principal, sendo o seu epicentro em terra, a 60 quilómetros sudoeste da central nuclear. Existem algumas falhas ativas na área da central nuclear e os nossos resultados mostram a existência de anomalias estruturais semelhantes nas áreas de Iwaki e Fukushima. Tendo em conta o terramoto que houve em Iwaki, crê-se que seja possível que ocorra um sismo similar em Fukushima, explica Dapeng Zhao, professor de geofísica da Universidade japonesa de Tohuku e diretor desta investigação. Os investigadores analisaram seis mil tremores registados na zona, todos provocados por um movimento ascendente de fluidos magmáticos empurrados pela Placa do Pacífico. Estes fluidos movem-se até à costa e podem gerar tensões sísmicas nas falhas. Esta situação de instabilidade reproduziu-se agora na zona onde se encontra a central nuclear. Apesar de não saberem quando poderá um terramoto acontecer, os investigadores adiantam que as suas descobertas deveriam ter-se em conta não só para a central de Fukushima 1, como também para testar a segurança noutras centrais próximas, como Fukushima 2, Onagawa e Tokai. O Japão referiu um prazo de quatro décadas para desmantelar a central por completo e limpar todos os elementos tóxicos e perigosos.

Sem comentários:

Enviar um comentário