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Neutrino a colidir com protão numa câmara de bolhas |
Os neutrinos, partículas sub-atómicas de difícil deteção cuja interação com a matéria é muito fraca e a massa muito pequena, foram medidos a uma velocidade que ultrapassa ligeiramente a velocidade da luz, considerada até agora um limite intransponível. Caso isto seja confirmado por outras experiências, este resultado surpreendente e totalmente inesperado face às teorias de Albert Einstein poderá abrir perspetivas completamente novas. Segundo Einstein e a sua teoria da relatividade, nada no Universo pode ultrapassar a velocidade da luz, pela que a descoberta agora anunciada põe em causa as bases mais importantes da física moderna. As medições efetuadas pelos especialistas com experiência internacional desta investigação, a que se chamou
Opera, concluíram que um feixe de neutrinos percorreu os 730 quilómetros que separam as instalações do CERN, em Genebra, do laboratório subterrâneo de Gran Grasso, no centro de Itália, a 300,006 quilómetros por segundo, ou seja, uma velocidade superior em seis quilómetros por segundo à velocidade da luz. Por outras palavras, se os neutrinos e a luz fizessem uma corrida de 730 quilómetros, os neutrinos cruzariam a linha de chegada com 20 metros de avanço sobre a luz. Tendo em conta o enorme impacto que tal resultado poderá ter na física, são necessárias medições independentes para que o efeito observado possa ser negado ou então formalmente estabelecido. É por isso que os investigadores do projeto
Opera desejam abrir este resultado a um exame mais amplo por parte da comunidade de físicos.
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